quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Gifs animadas

Para quem gosta das gifs animadas como eu, este site tem coisas muito bonitas. É sempre bom saber onde encotrar essas coisas, afinal nada como fazer um carinho de vez enquando, para quem a gente gosta.




Gifs Animados

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Como aprender a usar vários programas


É muito comum instalarmos programas no computador e depois não sabermos usar-los direito, ou tirar deles tudo que realmente facilite nossa vida, mesmo sendo de fácil utilização. Ou precisamos aprender sobre programas bem complexos e não temos tempo para fazermos cursos, os jeito é procurar os livros e apostilas para estudarmos sozinhos. E como dira o poeta Olavo Bilac " ... e para fecundar a vida, o Apostilando se inventou!


O site Apostilando veio para ajudar, e muito! Lá encotraremos as mais diversas apostilas, para os mais diversos tipos de usuários, dos básicos as feras. E tudo é disponibilizado de forma gratuita. Voce pode baixar e se quizer, se cadastrar para receber as atualizacoes do site.


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

E mais... Olavo Bilac

S� (Olavo Bilac)

Este que um Deus cruel arremessou � vida
Marcando com um sinal da sua maldi��o
Este que desabrochou com uma erva m�
Nascida apenas para os p�s ser calcada no ch�o.
De motejo em motejo arrasta a alma ferida
Sem const�ncia no amor dentro do cora��o,
Sente, crespa crescer a selva retorcida
Dos pensamentos maus, filhos da solid�o.
Longos dias sem sol. Noites de eterno luto.
Alma cega, perdida �-toa no caminho,
Roto casco de nau desprezado no mar
E �rvore acabar� sem nunca dar um fruto.
E homem h� de morrer como viveu:
Sozinho, sem ar, sem luz, sem Deus
Sem f�, sem p�o, sem lar.

A Boneca (Olavo Bilac)

Deixando a bola e a peteca,
Com que inda h� pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: "� minha!"
- "� minha!" a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. J� tinha
Toda a roupa estra�alhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando � bola e � peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca ...

Um Beijo (Olavo Bilac)

Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Gl�ria e tormento,
contigo � luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!
Morreste, e o meu desejo n�o te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.
Beijo extremo, meu pr�mio e meu castigo,
batismo e extrema-un��o, naquele instante
por que, feliz, eu n�o morri contigo?
Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perp�tua saudade de um minuto...

Inania Verba (Olavo Bilac)

Ah! quem h� de exprimir, alma impotente e escrava,
O que a boca n�o diz, o que a m�o n�o escreve?
- Ardes, sangras, pregada � tua cruz e, em breve,
Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...
O Pensamento ferve, e � um turbilh�o de lava:
A Forma, fria e espessa, � um sepulcro de neve...
E a Palavra pesada, abafa a Id�ia leve,
Que, perfume e clar�o, refulgia e voava.
Quem o molde achar� para a express�o de tudo?
Ai! quem h� de dizer as �nsias infinitas
Do sonho? e o c�u que foge � m�o que se levanta?
E a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo?
E as palavras de f� que nunca foram ditas?
E as confiss�es de amor que morrem na garganta?

Mais de Olavo Bilac

Deixa o Olhar do Mundo (Olavo Bilac)

Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que � teu maior segredo!
Que terias perdido, se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?
Basta de enganos!
Mostra-me sem medo
Aos homens, afrontando-os face a face:
Quero que os homens todos, quando eu passe,
Invejosos, apontem-me com o dedo.
Olha: n�o posso mais!
Ando t�o cheio
Deste amor, que minh'alma se consome
De te exaltar aos olhos do universo...
Ou�o em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso.

Em Mim Tamb�m (Olavo Bilac)

Em mim tamb�m, que descuidado vistes,
Encantado e aumentando o pr�prio encanto,
Tereis notado que outras cousas canto
Muito diversas das que outrora ouvistes.
Mas amastes, sem d�vida ... Portanto,
Meditai nas tristezas que sentistes:
Que eu, por mim, n�o conhe�o cousas tristes,
Que mais aflijam, que torturem tanto.
Quem ama inventa as penas em que vive;
E, em lugar de acalmar as penas, antes
Busca novo pesar com que as avive.
Pois sabei que � por isso que assim ando:
que � dos loucos somente e dos amantes
na maior alegria andar chorando

Primavera (Olavo Bilac)

Ah! quem nos dera que isso, como outrora,
inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
que inda juntos pudessemos agora
ver o desabrochar da primavera!
Sa�amos com os passaros e a aurora,
e, no ch�o, sobre os troncos cheios de hera,
sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"
E esse corpo de rosa recendia,
e aos meus beijos de fogo palpitava,
alquebrado de amor e de cansaco....
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera...E eu te levava,
primavera de carne, pelo bra�o!

Remorso (Olavo Bilac)

�s vezes, uma dor me desespera...
Nestas �nsias e d�vidas em que ando.
Cismo e pade�o, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.
Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explos�o sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!
Sinto o que desperdicei na juventude;
Choro, neste come�o de velhice,
M�rtir da hipocrisia ou da virtude,
Os beijos que n�o tive por tolice,
Por timidez o que sofrer n�o pude,
E por pudor os versos que n�o disse!

Ao Cora��o Que Sofre (Olavo Bilac)

Ao cora��o que sofre, separado
Do teu, no ex�lio em que a chorar me vejo,
N�o basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
N�o me basta saber que sou amado,
Nem s� desejo o teu amor: desejo
Ter nos bra�os teu corpo delicado,
Ter na boca a do�ura de teu beijo.
E as justas ambi��es que me consomem
N�o me envergonham: pois maior baixeza
N�o h� que a terra pelo c�u trocar;
E mais eleva o cora��o de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.

Velhas �rvores (Olavo Bilac)

Olha estas velhas �rvores, mais belas
Do que as �rvores mo�as, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, � sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
N�o choremos, amigo, a mocidade!
Envelhe�amos rindo. Envelhe�amos
Como as �rvores fortes envelhecem,
Na gl�ria de alegria e da bondade,
Agasalhando os p�ssaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

Ouvir Estrelas (Olavo Bilac)

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, p�lido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-l�ctea, como um p�lio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo c�u deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando est�o contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entend�-las!
Pois s� quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."